domingo, 31 de maio de 2009

A ELOQUÊNCIA DO SILÊNCIO


Estou perdendo o controle, e isso é bom. Estou tendo a sua memória constante em minha mente. 
Ontem, você foi o assunto na festa e hoje você é o assunto dos meus pensamentos. Escrevo incessantemente mensagens para você, na espera de uma resposta - só na espera. Passei então, a não suportar a agonia, disquei o seu número; a cada toque, o meu coração parecia uma bateria - você não me atendeu - escrevi uma mensagem estou ficando louco e a enviei para uma amiga, percebi então, que ao invés de enviar a ela, a mensagem foi pra você. Minha face ficou vermelha, e senti um calor sem qualquer origem - que vergonha - resolvi ligar novamente, tinha todo um texto em minha mente, pronto para ser dito, dessa vez, a cada toque mais lágrimas chegavam em trânsito aos meus olhos. No sexto toque, você atendeu alô, no mesmo segundo, consegui ver um filme da nossa história em minha mente, acabei esquecendo tudo aquilo que ia lhe dizer - você riu - então, conversamos sobre nada, mas a sua voz era tudo. Comecei a ficar envergonhado, e entao desligamos. Ao desligar, uma lágrima caiu, comecei a rir de mim mesmo e então todas as lágrimas caíram.
  • Quero ouvir mais  sua voz;
  • Quero sentir o seu cheiro;
  • Quero sentir o calor da sua pele;
  • Quero ver o sorriso e o brilho dos seus olhos.
...Eu não vou desistir.

Rafael Volterrini.

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