terça-feira, 20 de outubro de 2009

EPITÁFIO DO AMOR PERDIDO

6

Guarde na sua memória o calor do meu corpo e o brilho dos meus olhos; não se esqueça do meu sorriso e do meu beijo e nem tampouco da forma com a qual nossos corações uniam-se na infinidade do tempo que para nós era tão curto.

Como bons errantes, tentaremos sempre ressucitar nosso amor que com toda a certeza irá arder por tempos mas apagará e será acesa novamente. Por consequência momentos de inspiração virão e lágrimas cairão mas nada suficiente para que nos afastemos por mais de dois ou três dias.

Seremos sempre uma história sem fim, mas que para sempre vai errar. Dois corpos que ocupam o mesmo lugar mas com um egoísmo suficientemente forte para nos dividirmos. É por amá-lo tanto que me liberto e então abro meu coração para deixá-lo ir e voar. Voe, voe bem alto; não se esqueça dos valores, das lições e de tudo que aprendeu.

Obrigado por me fazer um grande sonhador, por amá-lo e principalmente por sempre me encorajar a fazer tudo aquilo que me amedronta.

Por enquanto deixo enterrado mais um capítulo nosso, apenas por enquanto. E por enquanto esse será o último texto onde irei me manifestar pra você, ou demonstrar algo. Estou livre e em uma nova fase onde você faz parte apenas como um amigo, e será melhor assim

Carinho,
Rafael Pimentel.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #10

2

Era o começo de uma nova semana e todos os dias estavam sendo ótimos para ele, as pessoas se sentiam atraídas por sua energia e seu sorriso, ele iluminava uma multidão com seu riso e era impossível não perceber.
Voltando do colégio, andando na rua ele parou pra pensar naquele amigo, voltaram a conversar e tudo estava tomando um rumo muito positivo, o que ambos queriam. Marcaram de sair logo no final de semana e dentro de sua cabeça ele queria mesmo vê-lo, uma vontade muito forte de ganhar um abraço inflamava dentro dele, mas ele sabe que tudo tem seu caminho, e então deixou de lado suas projeções e mudou um pouco seu foco.

A semana foi passando e os mesmo pensamentos vinham à sua mente, e ele não conseguia conter o riso e a ansiedade; era engraçado vê-lo corando só de pensar no que seria o seu final de semana. Ele merecia, depois de tudo que ficou no passado; era ótimo que ele se sentisse assim, era como ver vida após a morte, ou a reconstrução após a guerra. Ele estava descobrindo que ele é herói de sua própria vida, era o grande vencedor de todas as batalhas.

O tão esperado final de semana chegou, e ele acordou incrivelmente bem naquela manhã. A chuva caía e ele estava de cara limpa e alma lavada, acordou determinado a fazer o dia valer a pena e não se contentaria com menos.
Chegou ao lugar combinado e ele já estava lá, com um sorriso tímido mas que impressionava de tão lindo, logo se abraçaram – foi como se o tempo fosse inexistente naquele momento, tudo o que ele sentia era o calor daquele abraço – e foi nesse momento que ele percebe que tudo até ali valeu a pena, que nenhum sofrimento é bom o bastante para superar um momento de tanta alegria como esse. Ele agradeceu por ter chego até ali mesmo não sabendo bem até onde tudo ia dar, mas não tinha medo nenhum; a incerteza era boa, a sensação de novidade era melhor ainda.
Conversaram durante horas, e o tempo voava; como era bom estar ao lado dele. A atração foi mútua e os dois corpos se uniram. O gosto daquele beijo era inigualável, e tudo o que ele queria era mais, era impossível parar; o que ele não sabia era que o parceiro pensava da mesma forma, que tudo que ele também não queria era que aquele momento acabasse.

Mais horas se passaram e a noite já havia chego mas para eles o tempo havia parado, não escutavam, não viam nada além deles, olhar aqueles olhos que brilhavam quando encontravam os seus. Tempos bons haviam chego e ainda estava no começo.

Ao voltar para a casa, a chuva voltou a cair mas seu corpo pedia água, e enquanto a água caía no seu corpo ele olhou para o céu e com o coração acelerado ele chorou, sem vergonha alguma, e de alegria. Ele agradecia aos céus por ter tido um dia tão bom, não havia projeções para o futuro, estava na filosofia do 'cada dia é um dia, viva o hoje sem pensar no amanhã'. Fechava os olhos e sentia aquele beijo o carinho que os envolvia.

O seu caos mental ainda existia mas estava em outro momento, um bom momento. Tudo o que ele precisava era de mudanças e agora ele tinha, seu passado era apenas passado e o presente seria um novo futuro. Era determinado e curioso a saber o que o destino lhe reservara e algo dizia que sua nova fase seria a melhor até agora.

Viver deixou de ser uma tortura para ser um prazer, o sofrimento deixou de ser dor para ser aprendizado, e ele havia aprendido tão bem. Seus monstros haviam ido embora, e os anjos estavam ao seu lado, ele tinha luz à sua volta e chance de ser feliz na sua mão, ele fez a sua escolha e a jogou em direção ao tempo, ele cuidará de tudo.

FIM

Rafael Pimentel

domingo, 18 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #9

5

Meses depois...

Era sábado de manhã e ele acordou cedo, havia perdido o sono e então decidiu levantar. Olhou através da janela e viu o sol que já brilhava, abriu a janela e respirou fundo; era cheiro de vida, cheiro de alegria.
Decidiu que aquele seria o dia em que ele seria feliz novamente, já havia superado todos os acontecidos e depois de meses sentiu-se pronto para deixar a vida acontecer, e aconteceria feliz.

Ao olhar sua família de manhã, viu que todos estavam felizes; sorriam, gargalhavam e conversavam, e assistindo isso ele sorriu e agradeceu por não ter perdido isso. Percebeu que enquanto ele estava imerso em seus medos, confusões e tristezas, o mundo não parou, as pessoas não deixaram de viver e que o tempo é o melhor remédio para a vida; por mais clichê que fosse, fazia sentido.

Saiu durante a tarde, estava com vontade de ver pessoas; uma em especial – era um velho amigo do qual gostou muito mas que por acasos da vida a amizade prevaleceu – seu coração não mentia, o que ele precisava naquele momento tão feliz do seu dia era de um abraço, aquele abraço. Infelizmente, naquele dia as coisas não aconteceriam, mas naquele momento ele já tinha um objetivo mesmo depois de muito tempo focado em tudo menos nos seus sentimentos ele percebeu que não era mais um pedra fria, que tinha sangue quente e não havia sensação melhor.

Seu coração estava limpo, e aquele dia marcava o começo da sua nova fase, ótima fase.

Continua...

Rafael Pimentel

sábado, 17 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #8

2

Os dias se passavam e ele já não tinha tempo para pensar em sua dor, decidiu deixá-la no passado, morta e enterrada. E como sabia, nada seria como sempre; percebeu uma evolução imensa dentro de si, já não era o mesmo. Estava mais maduro, porém um pouco inconsequente.

Passou a conversar bem mais com um grande amigo, sem perceber que ali estava sendo criado um sentimento forte. Seu tempo era focado em outras coisas que seu coração ficava por último, era como um trauma ou uma cicatriz; não arde, não dói mas está lá.
Recebeu declarações, mensagens e promessas mas ele infelizmente era descrente de qualquer demonstração ou promesa, parecia teatro ou uma novela mexicana. Tudo era lindo mas aos seus olhos, não passava de uma interpretação ou engano de sentimentos incompletos.Estava descobrindo um novo mundo, cheio de pessoas novas que ofereciam acrescentariam muito.

Tudo tinha um valor diferente agora, ele era o centro do seu próprio mundo. Não tinha mais seu amor incondicional para se preocupar e também não sentia falta o mundo agora é legal demais para que ele lembrasse da existência passada.

Era tão bom mostrar-se bem para todos à sua volta, sentiu que tudo estava no seu devido lugar, só não admitia que quando a noite chegava e ele se deitava, aquele perfume e o calor daquele corpo atormentavam a sua mente, aquilo incomodava mas começou a ficar rotineiro e já não o afetava mais.

Sua mudança mais perceptível era sua frieza. Não media suas palavras e então aquele que antes era o seu mundo passou a ser desprezado todos os dias, até por pensamento. Cada novidade, descoberta ou defeito dele fazia com que a decepção só crescesse, era triste, pra ele.

Continua...

Rafael Pimentel

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #7

1

Sua rotina passou a ser a luta contra seus medos. Ao acordar olhava-se no espelho e via o rosto de um menino determinado a ser feliz sem importar-se com o custo disso, tudo ia mudar e algo dentro dele dizia que seria para melhor.

Ao deparar-se com seu problema diário, já sabia muito bem como devia fazer e então passou somente a preparar para o fim. Tinha sua consciência limpa de que nada acontecera por sua causa, que tudo o que fez foi amor e dedicação. Agradecia todos os minutos por sua intuição infalível que fez com que ele tivesse certeza de que estava certo.

Na verdade, dar o ponto final foi simples. Tudo oque fez foi expor aquilo que estava sufocando-o e para que não houvesse surpresa sua intuição estava mais do que certa. Sentiu dor, assim como todo fim esse não seria diferente; porém o seu alívio foi mais forte. Não rolou nem uma lágrima dos seus olhos, manteve-se forte mesmo sentindo a dor mais terrível ele não cedeu; foi até o fim com aquilo que seria o começo de uma nova fase.

Por mais aliviado que estivesse preferiu ficar incomunicável, deligou celular, internet e foi deitar. Nunca sua cama havia parecido tão receptiva e ao deitar-se um suspiro de alívio tomou conta dele e depois voltou à plena inconsciência e só pretendia sair dela na manhã seguinte, renovado e puro.

Nada seria o mesmo após aquela noite, mas ele não tinha medo.

Continua...

Rafael Pimentel

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #6

2

Passou então a contar as horas para que toda a sua tristeza fosse embora. As consequências já não importavam mais, tudo o que queria era libertar-se de uma angústia que não era dele e o quanto antes ela fosse embora para nunca mais voltar.

Sua manhã foi diferente, algo o deixou com um brilho a mais que todos notavam. Sentou-se no jardim e sentiu os raios de sol tocarem o seu rosto, sentiu queimar, sentiu a vida voltando a acontecer. A sensação de esperança era tão boa quando vencia a tristeza dentro dele, que não pôde segurar a emoção que transbordava de dentro dele e com uma boa risada ele espalhou sua esperança ao ar.

Após dias e dias de lágrimas constantes, insônia e mau humor ele voltou a saber o que era ter luz dentro do coração. Foi a primeira vez depois de tempos que ao invés de lágrimas, ele riu; ao invés de insônia, dormiu bem; e sem mau humor ele enfrentou mais um dia.

Os problemas ainda estavam lá, mas ele soube olhar para eles de uma maneira que percebeu que era forte o bastante para aguentar o fim deles.

Continua...

Rafael Pimentel

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #5

4

Os dias passavam como verdadeiras sessões de tortura. Era masoquista, triste e doloroso; sua dor emocional era tão forte que até mesmo o seu físico doía. Nem as noite de inconsciência faziam sua dor passar, as madrugadas passavam como minutos e muitas vezes nem ao menos fechava os olhos. Era como se algo tirasse sua vontade de descansar mas ao mesmo tempo não lhe dava ânimo.

Todos os dias seu despertador tocava e no final da madrugada ele se levantava, olhar-se no espelho era necessário e doloroso e então fazia o mais rápido que podia. Tentava de qualquer forma esconder sua dor então sentado treinava sorrisos que não convenceriam nem uma pobre criança.
As manhãs ensolaradas faziam ele lembrar de que precisava viver, precisava voltar a fazer o sol brilhar dentro do seu coração e faria o que fosse necessário para que tudo melhorasse. Ele já não se lembrava de como era seu sorriso verdadeiro, suas risadas nem como era quente o seu coração.

E depois de tanto tempo, ele teve seu primeiro momento de esperança. A sensação era como se dez quilos de cimento caísse dos seus ombros e encontrassem o chão, sentiu-se mais leve mas sabia que ainda havia muito para aliviar. E foi apenas o começo.


Continua...

Rafael Pimentel

terça-feira, 13 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #4

3

Ainda deitado no velho sofá, não sentia as horas passarem. Não se incomodava com o movimento das pessoas dentro de casa porque simplesmente não as percebia, era como se o seu cérebro não as identificassem e ele também não fazia muita questão do contrário.
Ele havia perdido a timidez e não consiguiu conter as suas lágrimas e ali mesmo elas rolaram, àquele mesmo choro silencioso que o atormentava. Sentiu uma pontada tão forte em seu peito que o fez perder a fala, a respiração estava difícil e a mente estava vazia, não sabia o que estava acontecendo e então mergulhou na inconsciência novamente.

Chovia muito mas o céu estava azul, ele caminhava sozinho pela rua; seu corpo estava encharcado mas ele não se importava, sua pele já não sentia mais a temperatura das gotas. Era tudo muito diferente, a rua costumava ser movimentada naquele horário. Ele sentia uma dor no peito quase que insuportável, suas pernas fraquejaram e então ele caiu, seu corpo bateu com força o asfalto e tudo o que ele pôde enxergar foi o rosto daquele que ama à sua frente, por uma última vez viu aqueles olhos e sentiu aquele perfume que jamais esquecia, pela última vez.
O ar já não preenchia seus pulmões, e então seus olhos se fecharam.

Acordou aflito, suspirando e sentia em sua face o desespero estampado. Não demorou muito e ele teve a certeza de que a febre havia passado por ele. Que sonho pesado, ele pensou. Olhou à sua volta e a moça loira o olhava com preocupação.

Tudo ainda estava girando, e ele lutava com o equilíbrio para chegar até o seu quarto; queria tomar um banho, queria acordar, queria sair daquele pesadelo. Passou pelo espelho e não teve coragem de olhar, escolheu ficar na dúvida. Quando a água quente começou a cair sobre seu corpo, sentia como se cada centímetro dele relaxasse, como se o seu corpo se alongasse. Ficou alguns minutos ali, parado; a água caía na mesma velocidade que suas lágrimas.

Continua...


 

Rafael Pimentel

domingo, 11 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #3

4

Ao acordar percebeu que algumas coisas estavam estranhas – não se lembrava de ter se deitado, estava com o celular em sua mão direita e não se lembrava de tê-lo usado – sentiu uma pontada forte em sua testa, olhou para o relógio e viu que ainda era cedo para se levantar mas estava se sentindo morto, precisava de movimento, precisava fazer o sangue circular.
Foi até o banheiro, precisava ver seu reflexo ou talvez tentar reconhecer aquele que aparecia no reflexo.
Quem era aquele garoto tão triste em frente ao espelho? Tinha olhos carregados, vermelhos, era pálido e só de olhar para ele um semblante de tristeza surgia no ambiente, era quase torturante.

Sentou no sofá e ficou ali, pensando, refletindo e tentando arranjar soluções para suas aflições e chegou à conclusão de que a única forma de solucionar era enfrentando-as. Não foi difícil chegar à conclusão, mas ele sabia o quanto seria difícil colocá-la em prática.
O que havia de errado com ele? Nunca teve medo de enfrentar a vida, sempre esteve pronto para seus tombos; mas depois de tanto cair se tornou tão sensível que nunca sabia qual seria o tamanho da queda. Sua única certeza, é que se ele não souber fazer as coisas certas, a queda seria tão forte que talvez ele não aguentasse.


 

Continua...


 

Rafael Pimentel

sábado, 10 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #2

4

Deitou-se para dormir e simplesmente não conseguia fechar os olhos, era como se alguém segurasse suas pálpebras. Sentia como se a sua cama fosse dura como pedra, mas não se incomodava, seus instintos estavam nulos naquele momento. Seu estômago se retorcia , dores tão fortes que faziam lágrimas escorrerem dos seus olhos.
Rezava, tudo o que pedia era que a dor parasse; duas horas depois já não sentia mais a dor, ela estava lá, mas ele passou a ficar tão submerso em seus medos que a dor física não importava.

A aflição de perder o seu grande amor era tão grande, que sentia todo o seu corpo tremer, seu choro silencioso era pior do que um grito absurdamente alto em seus ouvidos. Ele queria correr, sem direções, sem rumo e sem parar, mas o controle sobre seu corpo era quase inexistente e nem se levantar ele conseguia.
Ao conseguir tomar o controle novamente, levantou-se e ajoelhou aos pés da cama, juntou suas mãos e rezou novamente, dessa vez tudo o que queria era não sofrer mais do que já sofreu. As lágrimas formavam trânsito em seus olhos e ele rezava mais; sentiu um arrepio intenso passando como uma corrente elétrica por todo o seu corpo e então voltou à inconsciência...

Continua...


 

Rafael Pimentel

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #1

4

Ele olha seu reflexo e tudo o que mais desejava era ser cego naquele momento. Assistir sua aparência triste, tinha efeito de ácido em seus olhos. Deitou em sua cama e sentiu seu mundo girar, suas idéias se foram e a sua mente estava tão vazia que ficou inconsciente; se o mundo caísse sobre sua cabeça ele simplesmente não sentiria.
Durante horas seu mundo parou - não sentia fome, não sentia vontades – se pudesse sentir vontade seria voltar à inconsciência e nela ficaria, era melhor não pensar, era melhor esquecer de respirar do que voltar à sua realidade masoquista.
Estava tão submerso em suas paranóias, essas que ele sabia que tinham fundamentos. Tudo o que ele não estava, era louco; sempre soube compreender, separar e controlar as coisas, ele sabia que a razão estava ao seu lado, mas é difícil enfrentar o problema quando ele é simplesmente tudo pra você.

Continua...


Rafael Pimentel

sábado, 3 de outubro de 2009

AMIGOS SÃO ESTRELAS

4

Sentado na cama, olhando as estrelas através da janela percebi tantas coisas que estavam fora do lugar. Faziam tantos anos que eu não olhava as estrelas que já nem ao menos me lembrava do brilho que elas tinham.
Por que algo tão simples e tão natural passa tão despercebido aos nossos olhos? Acho que ninguém saberia explicar, pois não existe razão. O que sei é que olhar seu brilho me fez chorar internamente e sentir que ainda existe um coração batendo forte dentro de mim; ainda não me tornei uma pessoa desprezivelmente fria.

Com o passar dos dias em mais uma das minhas – agora rotineiras – noites de sobriedade zero, parei para olhar novamente as estrelas, e eu não sei se era o efeito do destilado ou se foi algo que partiu de dentro de mim, mas sei que naquela noite as estrelas brilhavam mais e o melhor era que estava rodeado de pessoas que para mim são estrelas.
Amigos são como estrelas que com uma luz natural tão forte, podem enchê-lo de calor e acalmá-lo com palavras que podem ser mais eficientes do que demonstrações públicas de amor e dedicação.

Me senti tão bem que não me preocupei com mais nada, limpei a minha mente e tentei afogar as minhas mágoas que infelizmente sabem nadar e resultaram em uma dor de cabeça absurda, alguns exageiros e esquecimento de alguns fatos, mas isso é história para outro texto.

Rafael Pimentel