sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #7


Sua rotina passou a ser a luta contra seus medos. Ao acordar olhava-se no espelho e via o rosto de um menino determinado a ser feliz sem importar-se com o custo disso, tudo ia mudar e algo dentro dele dizia que seria para melhor.

Ao deparar-se com seu problema diário, já sabia muito bem como devia fazer e então passou somente a preparar para o fim. Tinha sua consciência limpa de que nada acontecera por sua causa, que tudo o que fez foi amor e dedicação. Agradecia todos os minutos por sua intuição infalível que fez com que ele tivesse certeza de que estava certo.

Na verdade, dar o ponto final foi simples. Tudo oque fez foi expor aquilo que estava sufocando-o e para que não houvesse surpresa sua intuição estava mais do que certa. Sentiu dor, assim como todo fim esse não seria diferente; porém o seu alívio foi mais forte. Não rolou nem uma lágrima dos seus olhos, manteve-se forte mesmo sentindo a dor mais terrível ele não cedeu; foi até o fim com aquilo que seria o começo de uma nova fase.

Por mais aliviado que estivesse preferiu ficar incomunicável, deligou celular, internet e foi deitar. Nunca sua cama havia parecido tão receptiva e ao deitar-se um suspiro de alívio tomou conta dele e depois voltou à plena inconsciência e só pretendia sair dela na manhã seguinte, renovado e puro.

Nada seria o mesmo após aquela noite, mas ele não tinha medo.

Continua...

Rafael Pimentel

1 comentários:

Anônimo | 16 de outubro de 2009 às 12:44

Às vezes é necessário se desligar um pouco do mundo e da sociedade em que vivemos, e pensar no que fomos, no que somos, para ai sim sabermos o que vamos ser.