sábado, 17 de outubro de 2009

CAOS MENTAL #8


Os dias se passavam e ele já não tinha tempo para pensar em sua dor, decidiu deixá-la no passado, morta e enterrada. E como sabia, nada seria como sempre; percebeu uma evolução imensa dentro de si, já não era o mesmo. Estava mais maduro, porém um pouco inconsequente.

Passou a conversar bem mais com um grande amigo, sem perceber que ali estava sendo criado um sentimento forte. Seu tempo era focado em outras coisas que seu coração ficava por último, era como um trauma ou uma cicatriz; não arde, não dói mas está lá.
Recebeu declarações, mensagens e promessas mas ele infelizmente era descrente de qualquer demonstração ou promesa, parecia teatro ou uma novela mexicana. Tudo era lindo mas aos seus olhos, não passava de uma interpretação ou engano de sentimentos incompletos.Estava descobrindo um novo mundo, cheio de pessoas novas que ofereciam acrescentariam muito.

Tudo tinha um valor diferente agora, ele era o centro do seu próprio mundo. Não tinha mais seu amor incondicional para se preocupar e também não sentia falta o mundo agora é legal demais para que ele lembrasse da existência passada.

Era tão bom mostrar-se bem para todos à sua volta, sentiu que tudo estava no seu devido lugar, só não admitia que quando a noite chegava e ele se deitava, aquele perfume e o calor daquele corpo atormentavam a sua mente, aquilo incomodava mas começou a ficar rotineiro e já não o afetava mais.

Sua mudança mais perceptível era sua frieza. Não media suas palavras e então aquele que antes era o seu mundo passou a ser desprezado todos os dias, até por pensamento. Cada novidade, descoberta ou defeito dele fazia com que a decepção só crescesse, era triste, pra ele.

Continua...

Rafael Pimentel

2 comentários:

Paulinho | 17 de outubro de 2009 às 21:00

remédio contra tristeza: Manda ir tomar no meio do olho do C@¨%$

Anônimo | 17 de outubro de 2009 às 21:36

Como eu disse no no primeiro capítulo de "Caos Mental", esta história ainda iria ser muito comum a minha, e parece que é a partir deste capítulo que tudo começa a ser parecido com o que vivo, só de ler acho que não preciso nem dar minha opinião, basta entender.