Ao acordar percebeu que algumas coisas estavam estranhas – não se lembrava de ter se deitado, estava com o celular em sua mão direita e não se lembrava de tê-lo usado – sentiu uma pontada forte em sua testa, olhou para o relógio e viu que ainda era cedo para se levantar mas estava se sentindo morto, precisava de movimento, precisava fazer o sangue circular.
Foi até o banheiro, precisava ver seu reflexo ou talvez tentar reconhecer aquele que aparecia no reflexo.
Quem era aquele garoto tão triste em frente ao espelho? Tinha olhos carregados, vermelhos, era pálido e só de olhar para ele um semblante de tristeza surgia no ambiente, era quase torturante.
Sentou no sofá e ficou ali, pensando, refletindo e tentando arranjar soluções para suas aflições e chegou à conclusão de que a única forma de solucionar era enfrentando-as. Não foi difícil chegar à conclusão, mas ele sabia o quanto seria difícil colocá-la em prática.
O que havia de errado com ele? Nunca teve medo de enfrentar a vida, sempre esteve pronto para seus tombos; mas depois de tanto cair se tornou tão sensível que nunca sabia qual seria o tamanho da queda. Sua única certeza, é que se ele não souber fazer as coisas certas, a queda seria tão forte que talvez ele não aguentasse.
Continua...
Rafael Pimentel
4 comentários:
'Quando tudo desaba, a estrutura continua de pé, pra construir algo bem mais forte, bem mais fundo. E sentir isso só te fortalece e faz crescer, o mundo dá voltas e a dor sempre se transforma em algo positivo. O foda mesmo é saber escrever isso como você escreve.
Quero ver o 5° logo ¬¬
te amo.
Quero ver o 5° logo ¬¬
te amo.
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Isso mostra o quanto muitas das vezes dependemos apenas de nós mesmos.
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